O DoGo Eh MeU
sábado, 22 de janeiro de 2011
A single guy
Quer dizer, tem uma regra. Se, do nada, um casal se levantar e começar a dançar com cumplicidade, uma entrega que você não sente há anos, bom, ser solteiro é, acima de tudo, saber que essa é sua deixa. É hora de sair de cena.
Se isso te incomodou, vá pra casa. Durma. Amanhã tudo passou. E, de novo, o mundo é seu. Sem regras.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
If I had a chance...
Tempos modernos, questões antigas. Mando um scrap? MSN? Buddy Poke? Twitter?
Não adianta, as convenções sociais são essas. A responsabilidade é nossa. Tem que chamar o jogo, capitanear e "partir pra cima".
E, cara, não tem receita de bolo, fórmula mágica. Elas também são uma caixinha de surpresas. Cheias de sinais trocados, com seus "nãos" enigmáticos, olhares oblíquos e flutuações de humor. Quantas já não escaparam por causa daquela bobeada, aquela palavra a mais, ou a menos? A falta do convite, a hesitação na cara do gol.
E, sério, mulher não perdoa. Não tem paciência com indecisão. Homem tem que chegar. Tem que insistir, mostrar interesse, ir atrás. Jogar pra frente. Fazer o carrossel, marcar pressão.
Mas, falar é fácil. Sempre bate aquele friozinho na barriga. "Será que ela me quer?". Nunca dá pra saber. Até inventaram a famigerada "Sou legal, ñ tô te dando mole", só pra legitimar a paradinha, o drible de corpo. É muita bandidagem.
Cadê o manual de instruções, o livro de regras? Dicionário, intérprete, tradutor, sei lá. Porque aqui, amigo, a regra não é nada clara.
"So, if I had a chance,
Would you let me know?
And if the answer is no,
Can I change your mind?"
Teeeeeeeemos um blog
2010 foi um ano estranho. Aconteceu muita coisa, passou muita gente. New Orleans, Paris, Londres, Nova York. Teve Guns, Paul, AC/DC, Bon Jovi, Smashing Pumpkins, Stereophonics, Coldplay, Muse... Muitas risadas, bebedeiras, gastos, ganhos, perdas, trabalho, férias, baladas, churrascos. Teve até Copa, kct!! (Teve mesmo?)
Mas, parece que não passou. To no mesmo lugar. Querendo o mesmo e, pior, errando o mesmo. Acho que tenho as mesmas certezas (achar que tem as mesmas certezas é o mesmo que ter as mesmas incertezas?), vou aos mesmos lugares, faço as mesmas coisas... "everything has chains, absolutely nothing is changed" faz um eco bizarro na minha cabeça quando paro e penso em tudo isso. Os MPBistas diriam que "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais". Eu prefiro os desajustados de Seatlle. Cada geração tem a voz que merece.
Não, não vou ficar aqui falando sobre resoluções. Não fiz nenhuma. Pelo menos nenhuma nova. E resolução antiga, não cumprida, reciclada, não vale. Eu quero a mudança, o novo, o improvável. O fim da rotina, a Elisha Cuthbert mudando pro ap do lado. Quero, pq não, que meu sangue erre de veia. Talvez casar com uma stripper em Vegas, "crashar" casamentos, roubar uma Ferrari. Eu quero o errado. O não-plano. O improviso.
"If I was young, I'd flee this town. I'd bury my dreams undergorund".
sábado, 8 de novembro de 2008
And so They Did it Again
Hunter S. Thompson nasceu em 18 de julho de 1937 em Las Vegas e se matou em 20 de fevereiro de 2005 também em Las Vegas. Escreveu o livro, que depois virou filme, "Medo e Delírio em Las Vegas (Fear and Loathing in Las Vegas)" e, comentando a situação da sociedade americana, lançou a seguinte frase: "America is raising a Generation Of Dancers". O que ele quis dizer com essa frase, ninguém sabe direito. Mas eu diria que tem alguma coisa a ver com o suposto desajuste da nossa geração.
A questão é que o cara era influente em Vegas. Era uma das principais vozes da cidade. E hoje, se ligarmos a rádio e tivermos um pouco de sorte, a gente pode ouvir essa voz de novo. "Are we human or are we dancer?" é, de acordo com o próprio Brandon Flowers, um verso inspirado na frase do Hunter. Na verdade, toda a música pode ser lida como uma homenagem ao cara. "Close your eyes, clear your heart, cut the cord" tem muita cara de suicídio, mas, ao mesmo tempo, remete a uma despedida com um certo ar de ternura, respeito e, até mesmo, carinho.
Pensando assim, "Pay my respects to grace and virtue, Send my condolences to good. Give my regards to soul and romance. They always did the best they could." São frases que fazem eco com esse pensamento de desajuste e "fim dos tempos". Se eu concordo com isso? Que me importa? Toda geração foi considerada perdida por um ou outro motivo. A juventude sempre muda, sempre choca o sistema e o mundo continua redondo, as pessoas continuam dançando.
E, cá entre nós, além disso tudo, "human" é uma puta música. Alguns críticos a definiram como um encontro entre o Bruce "The Boss" Springsteen e o New Order. Eu não sei dizer se essa é a melhor definição para o single, mas que é uma releitura do caralho dos anos 80, isso ela é.
E, para quem viu a apresentação dos caras em Liverpool, no EMA, percebeu que os matadores estão melhores e mais Las Vegas do que nunca. Foda-se se acham eles chatos por que querem ser o novo U2. Melhor querer ser o novo U2 do que a nova Britney. O que me importa é que é mais um hit. The Killers did it again.