segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

If I had a chance...

Se tem uma coisa complicada pra um cara é o começo. Aquela primeira frase. A iniciativa. O interesse é recíproco? Eu olho pra ela um pouco mais? Chego agora? Que que eu falo? Piada? Gracinha? Elogio? Pergunta?

Tempos modernos, questões antigas. Mando um scrap? MSN? Buddy Poke? Twitter?

Não adianta, as convenções sociais são essas. A responsabilidade é nossa. Tem que chamar o jogo, capitanear e "partir pra cima".

E, cara, não tem receita de bolo, fórmula mágica. Elas também são uma caixinha de surpresas. Cheias de sinais trocados, com seus "nãos" enigmáticos, olhares oblíquos e flutuações de humor. Quantas já não escaparam por causa daquela bobeada, aquela palavra a mais, ou a menos? A falta do convite, a hesitação na cara do gol.

E, sério, mulher não perdoa. Não tem paciência com indecisão. Homem tem que chegar. Tem que insistir, mostrar interesse, ir atrás. Jogar pra frente. Fazer o carrossel, marcar pressão.

Mas, falar é fácil. Sempre bate aquele friozinho na barriga. "Será que ela me quer?". Nunca dá pra saber. Até inventaram a famigerada "Sou legal, ñ tô te dando mole", só pra legitimar a paradinha, o drible de corpo. É muita bandidagem.

Cadê o manual de instruções, o livro de regras? Dicionário, intérprete, tradutor, sei lá. Porque aqui, amigo, a regra não é nada clara.

"So, if I had a chance,
Would you let me know?
And if the answer is no,
Can I change your mind?"

Um comentário:

Juliana Zanardi disse...

Mas é um romântico esse Mastrinho...