sábado, 22 de janeiro de 2011

A single guy

Ser solteiro é viver sem regras. É poder sumir, é fazer o que quiser. É não dar satisfações. Viver sua vida, esquecer do mundo.

Quer dizer, tem uma regra. Se, do nada, um casal se levantar e começar a dançar com cumplicidade, uma entrega que você não sente há anos, bom, ser solteiro é, acima de tudo, saber que essa é sua deixa. É hora de sair de cena.

Se isso te incomodou, vá pra casa. Durma. Amanhã tudo passou. E, de novo, o mundo é seu. Sem regras.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

If I had a chance...

Se tem uma coisa complicada pra um cara é o começo. Aquela primeira frase. A iniciativa. O interesse é recíproco? Eu olho pra ela um pouco mais? Chego agora? Que que eu falo? Piada? Gracinha? Elogio? Pergunta?

Tempos modernos, questões antigas. Mando um scrap? MSN? Buddy Poke? Twitter?

Não adianta, as convenções sociais são essas. A responsabilidade é nossa. Tem que chamar o jogo, capitanear e "partir pra cima".

E, cara, não tem receita de bolo, fórmula mágica. Elas também são uma caixinha de surpresas. Cheias de sinais trocados, com seus "nãos" enigmáticos, olhares oblíquos e flutuações de humor. Quantas já não escaparam por causa daquela bobeada, aquela palavra a mais, ou a menos? A falta do convite, a hesitação na cara do gol.

E, sério, mulher não perdoa. Não tem paciência com indecisão. Homem tem que chegar. Tem que insistir, mostrar interesse, ir atrás. Jogar pra frente. Fazer o carrossel, marcar pressão.

Mas, falar é fácil. Sempre bate aquele friozinho na barriga. "Será que ela me quer?". Nunca dá pra saber. Até inventaram a famigerada "Sou legal, ñ tô te dando mole", só pra legitimar a paradinha, o drible de corpo. É muita bandidagem.

Cadê o manual de instruções, o livro de regras? Dicionário, intérprete, tradutor, sei lá. Porque aqui, amigo, a regra não é nada clara.

"So, if I had a chance,
Would you let me know?
And if the answer is no,
Can I change your mind?"

Sério que os homens preferem as loiras?

Teeeeeeeemos um blog

Depois de mais dois anos e de um único post, resolvi voltar por aqui. Ultimamente, "between the click of the light and the start of the dream", eu tenho "postado" muita coisa na minha cabeça, divagando sobre textos, ideias (esse acento caiu mesmo?), músicas, filmes, esportes e amores. Preciso colocar algumas coisas no "papel", tá ocupando muito espaço na cabeça.

2010 foi um ano estranho. Aconteceu muita coisa, passou muita gente. New Orleans, Paris, Londres, Nova York. Teve Guns, Paul, AC/DC, Bon Jovi, Smashing Pumpkins, Stereophonics, Coldplay, Muse... Muitas risadas, bebedeiras, gastos, ganhos, perdas, trabalho, férias, baladas, churrascos. Teve até Copa, kct!! (Teve mesmo?)

Mas, parece que não passou. To no mesmo lugar. Querendo o mesmo e, pior, errando o mesmo. Acho que tenho as mesmas certezas (achar que tem as mesmas certezas é o mesmo que ter as mesmas incertezas?), vou aos mesmos lugares, faço as mesmas coisas... "everything has chains, absolutely nothing is changed" faz um eco bizarro na minha cabeça quando paro e penso em tudo isso. Os MPBistas diriam que "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais". Eu prefiro os desajustados de Seatlle. Cada geração tem a voz que merece.

Não, não vou ficar aqui falando sobre resoluções. Não fiz nenhuma. Pelo menos nenhuma nova. E resolução antiga, não cumprida, reciclada, não vale. Eu quero a mudança, o novo, o improvável. O fim da rotina, a Elisha Cuthbert mudando pro ap do lado. Quero, pq não, que meu sangue erre de veia. Talvez casar com uma stripper em Vegas, "crashar" casamentos, roubar uma Ferrari. Eu quero o errado. O não-plano. O improviso.

"If I was young, I'd flee this town. I'd bury my dreams undergorund".